ᑭᗩᔕᔕᗩÐ〇
1. Here's To Never Growing Up
2. Home
3. Catch The Shade
4. Tea To Put Life / Die Another Day (medley)
ᑭᖇᕮᔕᕮᘉƬᕮ
5. TBA
6. Brazilian Bombshell
₣ᑌƬᑌᖇ〇
7. Finally Free / Imagine
8. Farewell
Após a pausa da última apresentação e restabelecimento da audiência, o festival é retomado, tendo agora o nome de Max Blair o responsável por orquestrar a apresentação com uma temática um tanto fantasmagórica... literalmente.
A performance é dividida em três atos, inspirada na fábula clássica "Um Conto de Natal", escrita originalmente por Charles Dickens no século XIX, e a animação "Os Fantasmas de Scrooge", onde o protagonista é obrigado a revirar os tormentos, alegrias e questões inacabadas do passado, presente e futuro, tendo cada período um fantasma respectivamente. Tal obra inclusive foi fonte de inspiração a uma animação da Disney com o tão quão sovina Tio Patinhos, expondo a força da história ao passar dos séculos, tendo versões teatrais e neste exato momento concretiza a sua primeira pincelada em forma de apresentação musical. Confira o espetáculo assombrante não apenas por sua estética, pelo contrário, por sua mensagem reflexiva ao ponto de perturbar a zona de conforto mental de muitos (uah ha ha ha). "Nobody's safe from the truth"
O primeiro ato é iniciado com as luzes desligadas, exibindo no telão uma filmagem que simulava um passeio rumo a um teatro deslumbrante, contudo assombrado por figuras do além. Uma voz não reconhecida recita um monólogo:
Adentrando o mesmo teatro, os detalhes são mostrados: inóspito, domado pelo silêncio, exceto as vozes vindas do além. Um contraste entre a beleza do local e a fúnebre calmaria daquele ambiente, algo estarrecedor....
Inesperadamente, a gravação foca no que há por trás dos majestosos tecidos que escondiam a solidão e declínio do ambiente, e logo o 'backstage' é mostrado: humilde, decadente, caótico e nada atraente, sendo uma alusão ao que mostramos aos olhos alheios e à desnuda realidade interna em nós mesmos.
O palco é reanimado com a revelação da recriação desse cenário em uma das extremidades do palco, tendo Avril Lavigne simulando um choro frente ao espelho, a canção a estrear seria "Here's To Never Growing Up". O motivo para tal escolha seria o arrependimento de estagnar ao decorrer de sua trajetória humana, consequentemente falha, algo pertinente a todos, como uma forma de fuga das dificuldades da vida com o passar dos anos anos, uma bola de neve que apenas cresce a depender da perspectiva vista, o que satiriza a conotação descontraída do 'hit' conhecida pelo público.
"Singing Radiohead at the top of our lungs
With the boom box blaring as we're falling in love
Got a bottle of whatever, but it's getting us drunk
Singing here's to never growing up".
"Call up all our friends, go hard this weekend
For no damn reason, I don't think we'll ever change
Meet you at the spot, half past ten o'clock
We don't ever stop, and we're never gonna change".
Sem muito esperar, outra parte do palco é iluminada, mostrando dançarinos vestidos de Senhores da Morte, dando à musa galesa, a qual vinha vivendo um hiato, Marina and The Diamonds o destaque de performar um dos maiores sucessos de sua carreira: "Home", do memorável álbum Die Life, música que traz um viés sobre a nossa escuridão interna, e também as aflições que nos atingem ao nosso redor.
Sua maquiagem acrescentava o ar de melancolia.
"They drove the light out of you,
You said you'd never let them tear you apart
You fought hard but every battle ends,
And in the end they broke your heart".
Referência do posicionamento de Marina e dos 'carrascos'.
"A thousand times and no one ever guessed
That you were trapped inside the dark
Like a candle, you lit your way
But they blew you out and tore you apart".
A inesperada cantora colaborativa da faixa aparece no 'stage': LADY GAGA! A plateia vibra pelo ar nostálgico de verem as duas juntas novamente após mais de meia década sem performarem a canção.
Cantando o refrão, a Mother Monster simula uma defesa contra os finados serventes da escuridão com uma arma, revelando a nossa resistência ao preço de nossas ações, algo criticável, porém admirável por sua ousadia.
"I screamed,
Don't you let them take you,
But I was too late
And we'll never forget you,
Cause home is where you're going now
Home, home".
Um outro interlude toma o show antes da canção ser finalizada, causando um efeito surpresa, o fundo sonoro era um remix de "Marry The Night" feito por Max Blair.
FEAR
BLINDNESS
DEPENDENCE
SELF-DESTRUCTION
Uma casa tem sua porta fechada, o que leva a novamente ligarem a iluminação do palco, o que revelada o posicionamento de diversas cadeiras, uma em frente a outra.
Com isso, as cantoras Aurora, Marina, Carly Rae Jepsen e o grupo Little Mix aparecem jogadas no chão, com um tom de remorso por terem integrado uma era de ódio e afrontamento no mundo da música no passado algo estimulado por figuras maiores já não mais presentes no cenário mainstream. Desta forma, cantam a controversa "Catch The Shade" com um tom de desalento pelos feitos outrora.
"I tried to bless you when you cursed me
But it was just so terrible I had to tell you
And people can ask “What do you think of her?”
But that thought of you barely passes by".
"Catch the shade, don't be afraid
Catch the shade, shade, shade, shade
Catch the shade, don't be afraid
Catch the shade, shade, shade, shade (that's my shade)".
"Our work takes creativity
Babygirl, fall in reality
Check your lips, they are clean?
You know, just we rule this scene
We keep throwing it
All cause we can make it better
We keep throwing it
We are the only pacesetter. Oh!".
A extremidade esquerda da plataforma expõem diversas mãos simbolizando a miséria humana.
Um medley aterrorizador feito por Blair é tocado, as canções fundidas eram "Tea To Put Life" e "Die Another Day", de Victoria Justice e Melanie Martinez com Allie X respectivamente, maiores representantes do legado negro deixado na música pop, onde as questões mundanas pessoais estavam acima da arte, a qual devia tratar de tópicos mais relevantes ao mundo, onde 815 milhões de pessoas passam fome diariamente.
"Maybe I'm not right
And I've made a mistake
So I will serve a tea
I will put a life".
Os telões laterais começam a transmitir imagens de uma porta se fechando, e logo depois esta começa a estar em chamas, representando o final dessa era a ser rememorada exclusivamente como um aviso à classe artística do quão maléfica uma vanguarda mal-intencionada pode ser.
Vestimentas utilizadas pelas dançarinas femininas nesse momento.
Ao concluir o ato primo, dando lugar ao posterior, um outro interlude é apresentado: uma figura com formas humanas sai das chamas a fim de desprender-se de um passado, não deixando ser levado pelas cinzas do tempo, o ser vira e no segundo em que sua face seria revelada, as luzes retornam com uma figura com a mesma vestimenta... Quem seria tamanho guerreiro?
Ninguém menos que a figura de maior destaque no cenário k-pop: a Taeyeon, suas roupas pretas revelam a fase em que esteve em meio ao conflito interno, as fagulhas de chamas de outros tempos prestes a serem apagados. A bela vocalista canta uma canção desconhecida pelo público, a qual retrata o enfreamento de um obstáculo quase físico, existente entre um amado, a 'Grey Zone' é o ato o qual representa a fase de mudança em nossas vidas, porém ainda arriscada de comemorar-se pois é um verdadeiro campo de batalha: tudo ou nada. Max Blair finalmente surge fazendo o acompanhamento instrumental ao vivo.
"Now you ask me why I'm so cruel
However who did start the threats?
Somehow both were starving as well
The role victim was out since we had met
Every word was a rip on our Berlin Wall
Every mistake was an extra bullet in my gun
Didn't I warn you incessantly, sweet cannonball?
Then take 'ur sword.. It's time to let this war be done".
"Soooo... (high note)
Let the hearts
Let the hearts fight
That's something they won't mind
Let the hearts fight i-ight
Let the hearts fight this midnight
The aftermath will define the next step of our lives
Let the hearts
Let the hearts fight
'Cause you and I can't stand by this till we die".
A performer de "Meltdown" realizou sua participação dentro de um ringue, fortificando visualmente a canção
Em seguida, IZA, figura de grande talento no eixo tupiniquim, canta com um tom gospel a canção "Brazilian Bombshell".
"(Ooh) She's dressed to kill
(Oooh) Lovely black widow
(Oooh) Already amazing my will
Just so to make easier the blow".
O ato final representa a superação, palavra deseja por muitos em seu dia a dia, todavia nem todos a conseguem conquistar. A chave para que tal ação ocorra é o diálogo entre o seu eu-do-passado e o seu eu-do-futuro. Tendo isso em vista, cantoras já reverenciadas no meio - Katy Perry, Marina, Lady Gaga e as integrantes do Little Mix - uniram-se em um dueto significativo com recentes revelações do mundo musical - Lola Blanc, Haella e Glinda Lovegood - representando o avanço da arte e a conciliação entre as diferentes mentalidades, origens e pensamentos. Definitivamente um momento a ser lembrado por todos.
Com Katy estando no meio, as canções performadas foram "Finally Free", da própria, e "Imagine", do inexorável John Lennon, representando que a verdadeira força deve ser construída a partir de diversas vozes, não apenas uma luta pelo trono ou qualquer outro tipo de topo.
"Sometimes we feel like it's the darkest day
But we can overcome anything, oh I can say
Sometimes we feel that we’re weaker
Than a piece of paper
But I know
That’s time to grow, time to move on
Restart our essence, give ourselves a chance
To make more sense
That's just the beginning
Of everything
1, 2, 3
Time to break free
1, 2, 3
I just want to be me".
"That's what I waited for all nights
I'm finally free
I'm finally free
I'm finally free
I'm finally free
I'm finally free
(Is that what I needed to live)".
Logo após, todas se abraçam como um gesto de união.
Para a surpresa de todos, IZA reaparece finalizando "Brazilian Bombshell" com uma vestimenta um tanto diferente, representando a conquista do lado da luz, da prosperidade de ser livre de correntes mentais ou batalhas inúteis.
"O samba está neste batuque
Não há quem pare ou mude
A homenagem do luar a você
Toda boêmia da minha Bahia
Presentes nos traços e passos de um só ser
Do brilho das estrelas
Ao sorriso de criança
A inocente alegria assim nos acompanha".
Max acompanhado de backvocals
A libertação dos povos no Novo Mundo é simulada como um desfecho do que seria apenas o nascer de uma nova fase no universo artistico, base mestre da sociedade.