Posted by andrewschaefer on Aug 11, 2018 10:54:06 GMT -3
Após ter lançado o seu primeiro single, Artificial, a cantora alemã Lola Blanc compareceu ao programa de rádio On Air with Ryan Seacrest apresentado pelo radialista Ryan Seacrest. Ryan entrevistou a artista perguntando-lhe sobre sua nova música, inspirações e ídolos no mundo fonográfico, dentre outras coisas. A novata no mercado musical ainda teve a honra de ter sua música tocada ao final da entrevista e ao final do próprio programa.
RS: Muito bem, galera! Prestem atenção porque a pessoa que eu estou prestes a apresentar lançou sua primeira música há poucos dias e já abalou muitas pessoas com a forte mensagem trazida na letra. Por favor, Lola Blanc! Tudo bem, Lola?
LB: Olá, Ryan! Olá, radio-espectadores. Eu estou muito emocionada pela oportunidade de estar aqui, então tá tudo ótimo sim!
RS: Que bom! Percebo sua alegria. Uma dúvida que eu tenho... Lola não é o seu nome de verdade, não é?
LB: Não... (risos) Na certidão de nascimento, meu nome é Kandice.
RS: Então de onde surgiu o Lola Blanc?
LB: Desde criança eu adorava o nome Lola. Tinha um desenho animado que eu assistia e uma das minhas personagens favoritas se chamava Lola, então algumas vezes eu brincava de interpretá-la e só atendia pelo nome de Lola. Quando minha mãe gritava "Kandice, vamos jantar!", eu respondia "Eu sou Lola!". Era muito engraçado (risos).
RS: E quanto ao Blanc? Algum significado específico?
LB: Sim, tem um significado específico. Veio da montanha "Mont Blanc" que eu visitei quando era pré-adolescente com a minha mãe. Fica na Itália e na França, se não me engano. Bem, alguém tinha me dito que era uma das montanhas mais altas do oeste europeu e isso me deixou fascinada na época! A minha mãe sempre foi de discursos motivacionais, então ela disse que se eu me esforçasse poderia ser tão grande quanto àquela montanha. A partir desse dia, eu criei uma personagem própria, a Lola Blanc. Ela era mais corajosa, mais determinada e menos tímida, então isso me ajudou bastante na época do Ensino Médio. Quando eu me sentia sozinha e com medo, eu me imaginava como a Lola e tudo parecia ficar melhor.
RS: Então não tem nada a ver com "Blanc" significar "Branco" em francês, não é?
LB: Eu só descobri isso depois de muitos anos! Então não, não tem absolutamente nada a ver... Até porque as cores que mais gosto são preto e vermelho, e se eu tivesse que escolher uma cor para colocar em meu nome artístico com certeza seriam elas. Enfim, a minha vida desde que eu me mudei pra Los Angeles tem duas faces bem distintas: a Kandice e a Lola. Na maior parte do tempo eu sou a Kandice, mas a Lola me dá coragem para fazer tudo o que eu sempre quis, como lançar minhas próprias músicas.
RS: Agora que você tocou no assunto... Como foi o processo criativo para a letra de 'Artificial'? Você já escrevia desde criança ou aprendeu depois?
LB: A realidade é que desde os meus oito anos eu já escrevia algumas poesias simples, uns versos ali, outras estrofes ali... Mas nunca músicas completas. No meu aniversário de 12 anos eu consegui escrever toda uma música e cantei ela para minha mãe e para meu irmão. Falava sobre ser livre, sobre criar asas e sair voando como um pássaro para os céus. A minha escrita ainda estava se desenvolvendo na época, e eu ainda não era fluente em inglês, então ficou uma mistura confusa de palavras inglesas e alemãs no mesmo verso. Foi só a partir daí que eu comecei mesmo a compor músicas.
RS: Você teve algum reconhecimento local antes de assinar contrato com uma grande gravadora?
LB: Sim. Eu pude cantar em algumas casas de show da minha cidade e da região, além de ter me apresentando em concursos e várias outras coisas. Mas a minha mãe teve alguns problemas na época em que minha especialidade artística estava se desenvolvendo e isso acabou me desestabilizando muito, o que me fez ficar parada no tempo, sem compor e sem cantar.
RS: Como você se reergueu?
LB: Após tudo ser resolvido e minha mãe voltar para casa, eu fui percebendo que haviam muitas coisas erradas na minha vida. Quando completei 18 anos, me mudei para Los Angeles com a esperança de me dedicar realmente à vida de cantora, mas nada do que eu fazia chamava a atenção de produtores. Tentei por árduos anos e até pensei em voltar para a Alemanha, mas a minha persistência era maior. Em 2015 eu sofri novas influências na minha capacidade criativa o que alterou radicalmente o tema das minhas canções... Eu sentia que estava indo para o lugar certo. Apesar disso, não as divulguei em casas de show ou concursos pelo simples fato do medo.
RS: Onde estava a Lola Blanc para amparar a pobre garotinha Kandice?
LB: A Lola era uma coisa antiga, da minha adolescência... Eu mal lembrava dela! Mas foi justamente nesse período em que comecei a me recordar do quão confiante ela me fazia sentir. Por volta de 2017, voltei à ativa, mas nada de tão grande estava acontecendo ainda. Em 2018, eu conheci a cantora Kerli, que hoje é uma das mais famosas do mundo, certo? O estilo dela era muito parecido com o meu. Suas composições, suas ideias. Eu vi um espelho nela, mas de cabelos brancos (risos). A Kerli foi uma baita inspiração. Eu fiquei dia após noite tentando escrever uma música que eu realmente gostasse, sempre pensando nela.
RS: Por fim, você conseguiu?
LB: Consegui, ficou com um resultado perfeito ao meu ver. Eu não poderia gostar mais. A Lola estava orgulhosa da Kandice. Mas então eu sentia que aquela música merecia mais. Eu não queria cantar somente em casas noturnas e ser ignorada depois disso. Eu queria que as pessoas ouvissem, prestassem atenção na letra e compreendessem a mensagem. Eu queria poder realmente divulgar a música. Foi quando eu lembrei do discurso motivacional da minha mãe no Mont Blanc, e quando eu lembrei da Lola Blanc. Um amigo meu falou que eu deveria entrar em contato com a gravadora da Kerli pois talvez eles teriam um espaço para mim, mas eu adiei a ligação por um bom tempo. Um certo dia, ele mesmo ligou para mim sem que eu soubesse e marcaram uma audição comigo.
RS: Parabéns.
LB: É, aqui estou eu. Fico enormemente agradecida à todos eles que ajudaram Artificial a se tornar realidade. A música, como eu costumo dizer, veio da minha alma.
RS: Você já está trabalhando em outras composições? Pretende lançar um álbum futuramente?
LB: Sim, estou. Eu tenho cerca de 5 músicas escritas, mas somente Artificial gravada. Ainda estou acertando a maior parte dos detalhes. No momento, foco na divulgação do single já lançado.
RS: Entendo. Então, que tal se tocarmos a música agora para o pessoal de casa ficar ligado?
LB: Pode ser (risos).
*A música é tocada*
RS: Galera, essa música foi Artificial da Lola Blanc e vocês podem adquiri-la desde já em todos os serviços de streaming! Agradeço por sua participação no nosso programa, Lola.
LB: Eu quem agradeço.
RS: Vamos para um breve comercial e logo voltamos com mais 'On Air with Ryan Seacrest'!
*No final do programa a música é tocada novamente*